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À moda japonesa

A inspiração na moda urbana nipônica ficou mais evidente no desfile da
Maria Bonita Extra, que tem o Japão como um dos seus principais
mercados no exterior

(Texto e Fotos: Bruna Siqueira/ ipcdigital.com)

As misses Natália Guimarães e Riyo Mori
(de vermelho) subiram juntas à passarela da Aoyama Brazilian Week

Foi só o inverno dar sinais de que está indo embora para os estilistas colocarem na rua as próximas coleções para a temporada do frio. Afinal, o mundo da moda exige preparação, tempo para criar e, acima de tudo, exclusividade. No embalo da última Japan Fashion Week, quatro grifes brasileiras aportaram em Tokyo, na quarta-feira (26), para novamente mostrar ao mercado internacional que o País não é só samba, mas também dita tendências e busca inspirações em realidades tão distintas quanto a moda da cosmopolita capital japonesa.

Em ano de centenário da imigração, boa parte das produções reveladas durante a abertura da Aoyama Brazilian Week, no Omotesando Hills, em Tokyo, mais pareciam ter saído das lojas de Shibuya e Shinjuku. As criações das marcas Glória Coelho, Drosófila, Juliana Jabour e Maria Bonita Extra não pouparam influências japonesas, como botas com franjas – tendência que deve continuar na primavera –, saias soltinhas em camadas, vestidos franzidos e sobreposições de camisetas.

Primeira a desfilar no evento, a grife mineira Drosófila abusou das estampas florais, dos xadrezes e da mistura de tecidos leves com outros pesados, a exemplo do tricô. Em vez de optar pela diversificada cartela de cores que o Brasil costuma mostrar no exterior, a marca explorou o preto, que predominou em quase todas as peças. Para quebrar a seriedade, muitos babados – detalhe que conferiu um toque ainda mais feminino aos vestidos da coleção.

As criações da estilista Glória Coelho trouxeram as clássicas golas altas para a passarela, algumas com inspirações elizabetanas, mostrando que o detalhe já se caracterizou como a marca registrada do inverno. Em época de combate às peles de animais, a grife apresentou ainda casacos compostos por longos pêlos sintéticos, mas a tentativa de mostrar algo original soou mais como “invencionice” do que como tendência de moda.

Com uma coleção mais leve, que já pode ser adotada agora mesmo na primavera, Juliana Jabour apostou nos vestidos curtinhos de mangas longas e ombros à mostra, tal qual as marcas japonesas no último Tokyo Girls Collection. Apesar da invasão recente das cinturas altas, a grife preferiu deixar os cintos e faixas abaixo do umbigo, como as brasileiras estão mais acostumadas. As malharias de cores leves predominaram e, para completar o visual, botas e sapatos de verniz colorido.

A inspiração na moda urbana nipônica ficou mais evidente no desfile da Maria Bonita Extra, que tem o Japão como um dos seus principais mercados no exterior. A marca não dispensou as meias acima dos joelhos e os coletes - peças de grande sucesso nos anos 90, mas que hoje mal aparecem nas vitrines brasileiras. Os vestidos soltos e curtíssimos também tiveram destaque na sua coleção, além dos xadrezes e dos chapéus imitando os quepes militares.

Convidadas especiais

A surpresa do evento ficou por conta da presença das misses Natália Guimarães (Brasil) e Riyo Mori (Japão), que em maio do ano passado protagonizaram uma polêmica internacional com a disputa pela coroa do Miss Universo. Na época, comentou-se que a vitória da japonesa teria sido injusta, e que a brasileira – segundo lugar no concurso – é que deveria ter recebido a faixa. “Sempre achei essa história de comparação uma grande bobagem. No Carnaval desfilei vestida de guerreira japonesa (pela Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro), e agora a Riyo participa de um evento brasileiro”, disse Natália ao International Press.

Diplomática como o cargo exige, a mineira de Juiz de Fora não poupou sorrisos ao público japonês e fez questão de dividir as atenções com a colega de profissão. E os próximos projetos? “Volto ao Brasil para passar a faixa (do Miss Brasil) e depois viajo para Nova York. Recebi um convite do Donald Trump para participar da agência dele”, revela Natália, que acaba de encenar o espetáculo Paixão de Cristo, no interior de Pernambuco, ao lado do ator Thiago Lacerda.

Para quem não tem idéia do peso que esse convite representa para a bela mineira, Donald Trump é um dos maiores empreendedores dos Estados Unidos, fundador da Trump Entertainment, patrocinador do concurso de Miss Universo e criador do reality show O Aprendiz - que no Brasil foi ao ar sob o comando do empresário Roberto Justus, pela Record. “Quero aperfeiçoar o meu inglês e fazer um curso de interpretação”, completou.

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